9.20.2009

Discursos, discussões e eu aqui, com meus botões...

O homenzinho por detrás do espelho com seu joystick a me controlar. Elucubrações, metafísicas, conspirações! Paranóia!!! Quem o colocou ali? Quem fez o design do seu controle? Quem obedece suas ordens? Quem o ordenou a ordenar? Estaria eu, na platéia, a coadunar com seus estratagemas? Estaria eu, ao visitar tal anfiteatro, patrocinando dramas? Fazer parte da platéia é entrar no jogo? Boicotar as apresentações também seria jogar? Fujo do espetáculo por não querer ser boneco ou por temer, remotamente, que o controle caia em minhas mãos? Será que posso chorar frente a isso? Posso rir, então? Posso falar? E me calar? O que posso, afinal? O que podemos, então!? Levantar-me e sair durante a sinfonia seria indelicado? Seria ainda mais indelicado ficar sentado quando aquilo me desinteressa por demais? Se não posso agir, como devo fazer? Como fica o dever frente a um direito que é meio esquerdo? Ou seria meio esquerda? Meia esquerda, talvez? Futebol? Militância? A bola rola no teatro? E as bandeiras vermelhas? São visíveis no escuro? Será que o espetáculo tem, mesmo, que continuar? Será que o teatro vai, sem remédio, permanecer no escuro? Será que eu posso, algum dia ou só agora, parar de apertar meus botões?...

3 comentários:

Felipe Messias disse...

Acho melhor vc apertar seus botões... ou alguém aperta eles pra você! Não acho que seja grande o número de pessoas que se incomodariam em ter o joystick na mão... eu mesmo ia adorar ver o que faz cada botão... (muahuahuahua)

Marcel Maia disse...

nao queria que ninguem apertasse os botoes para mim...se é para experimentar, experimento.

Elen disse...

engraçado vc falar sobre futebol! na aula de cultura brasileira foi apresentado um texto q fala sobre como o futebol no brasil serviu como instrumento de disciplinarização, aprender a jogar seguindo regras e tal, e tamb´me ter a esperança de vencer amanhã mesmo q vc tenha perdido hj. durante essa aula lembrei de Virilio falando do cinema como uma espécie de treino para enfrentar as situações adversas q a guerra trouxe, não sei se tem haver, mas acho q tem...