11.25.2009

Por uma floresta de etcétera

Havia um homem que plantava árvores. A vida lhe permitiu essa atividade. Ele a assumiu como uma virtude. Plantar o que o retrado do chão não espera. Diariamente plantava. Escolhia sementes e percorria um ermo espaço, metodicamente enterrando-as na terra. Durante a semeadura, o que imaginava esse plantador? O desenho-filme permite suposições. Fiquei desinteressado delas. Não havia desespero ou esperança naquele homem. Havia a força que persevera quando tudo parece perdido. Força que não se rende a palavras que geralmente mentem. TUDO e PARECE.
Aquele sobrevivente no tempo vivia o seu tempo como árvore. Árvores parecem estar sempre ali. Apenas parecem, pois as árvores migram. Como dizem Matura e Varela, a natureza se inventa. O plantador sabia disso e inventava a sua própria natureza, a ponto de um amigo-narrador da história supor que ele brincava de deus.
Brinvaca de plantar, de plantar como homem. Brincava de plantar como quem não espera colher. Um devir-criança. Daí a sua beleza!
Foi bom estar com vocês nessa semeadura que carrega dentre outras coisas o nome de Tópicos Especiais em Psicologia Social e Institucional/sala de reuniões do DPS-UFS. O que plantamos? Conversas repartidas, letras num blog e alguma coisa que atenda pelo nome de etcétera. Nela nos encontraremos. Tenham meu abraço!

5 comentários:

J. Thiago disse...

Reticências podem ser plantadas por um ponto? Por um único par de mãos? Como diz o poeta

"um ponto, dois pontos,
uma vírgula, um ponto-e-vírgula

todo entendimento tem pausa
toda pausa quer ponto
quem não respira
fica tonto

por isso; pontos"


=)

Laís disse...

A disciplina foi muito enriquecedora para mim, espero semearmos mais vezes!

Zoé Gradiva disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Zoé Gradiva disse...

Adorei a disciplina e o contato com esses filmes "cults" dos quais, tenho certeza que sozinha não teria a oportunidade de conhecê-los de uma vez só. Valeu galera Vigança, Valeu os filmes não Hollywoodianos, valeu a Érika, o Escafrandro e a Borboleta, Persépolis e a todos os outros que assistimos. Os textos e os debates tb foram proveitosos pelo menos p esclarecer o que não entendemos no filme. (rsrsrs)

Valeu Kleber!

bjo a todos

Bobo,feio e chato. disse...

Boas discussões, belos filmes. Melhor ter conhecido a todos.

Abraços,
Luiz Paulo